Público destaca clima familiar e retomada da cena roqueira acreana.
O Carnarock Rio Branco movimentou a Concha Acústica neste sábado (15), em uma edição fora de época que levou ao espaço um público diverso, formado por crianças, jovens, adultos e idosos. O evento, tradicional no calendário cultural da capital, começou às 16h e transformou o espaço em um ponto de encontro para quem cultiva o amor pelo Rock’n Roll, das bandas autorais às camisetas pretas que contam histórias de décadas.
O organizador do festival, Igor Healer, afirmou que esta edição marca um momento singular. Ele explicou que a mudança da data ocorreu devido ao cronograma do edital e ressaltou que o espírito do Carnarock permanece o mesmo.
“Essa edição é bem especial porque nunca tinha acontecido fora de época. Sempre foi no carnaval. Como entramos no edital posterior, não poderíamos deixar de fazer. Realizamos agora em novembro e já fica como um esquenta para o Feliz Metal, além do retorno do Carnarock em 2026”, disse.
Igor destacou ainda o caráter familiar que o evento conquistou ao longo dos anos. “Isso emociona. Ver a criançada, os filhos dos parceiros mais antigos, todos se divertindo. Tem família, idoso, jovem, criança. Estou com as minhas duas netas aqui e elas estão correndo e brincando. É um evento bonito, com todo mundo de boa, um clima muito legal”, afirmou.
Entre os participantes, o ambiente acolhedor foi o principal destaque. Webert, morador de Rio Branco e frequentador antigo do festival, levou a família para acompanhar a edição fora de época.
“Já acompanhei o Carnarock algumas vezes e estamos nesse retorno da vida com o mundo rock acreano. Espero que continue mesmo fora de época e que tenha o Feliz Metal também. Trouxe minha família para conhecer e aproveitar essa energia”, afirmou.
O evento também atraiu quem vive a experiência em família pela primeira vez. Caio Campos compareceu com a esposa, que está grávida, e celebrou a possibilidade de participar de uma programação cultural aberta ao público. “Essa é uma oportunidade não só para a gente, como família, mas para a sociedade de Rio Branco. É sempre muito legal ter eventos culturais abertos, uma chance de aproveitar a noite com rock de qualidade”, disse.
A esposa de Caio reforçou que a chegada do bebê já ocorre em clima de rock. “O Caio está mexendo aqui, gostando do som. Para mim está ótimo, é só aproveitar”, afirmou.
A programação contou com oito de bandas locais que compõem a cena roqueira acreana, entre elas Boneco Woodoo, Cringes, Death Silence, Dream Healer, Scalpo, Semblanty, Metal Jacket e Vervet. O DJ Patrick também subiu ao palco com um set que alternou pop rock, grunge e heavy metal, contribuindo para o clima de celebração cultural que marcou a noite.
A edição fora de época também contou com praça de alimentação e estrutura ampliada. Criado em 2010, o Carnarock completa 15 anos em 2025 e mantém o propósito original de fortalecer o rock local, oferecendo espaço para bandas independentes e celebrando a resistência de um gênero que atravessa gerações.
O festival foi contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), o que possibilitou a realização desta segunda edição no ano. Ao longo de sua trajetória, o evento já ocupou diferentes cenários da capital, do Studio Beer ao Quadrilhódromo do Tucumã e ao antigo Bar do Flutuante, às margens do Rio Acre. Em todos eles, a ideia sempre foi a mesma, reunir quem tem o rock como linguagem, identidade e memória.
Galeria de fotos
