Vereador propõe reconhecer calendário da Diocese como Patrimônio Cultural de Rio Branco

Projeto de lei de André Kamai (PT) inclui celebrações como Semana Santa, Corpus Christi e Círio de Nazaré na lista oficial de bens imateriais do município.

O vereador André Kamai (PT) apresentou na Câmara Municipal de Rio Branco um projeto de lei que reconhece o calendário de eventos da Diocese como Patrimônio Cultural Imaterial do município. A proposta abrange algumas das celebrações religiosas mais tradicionais da capital acreana, como o Rio de Água Viva, a Semana Santa, o Corpus Christi e o Círio de Nazaré.

Segundo Kamai, a medida tem como objetivo preservar manifestações que, além do caráter religioso, representam a identidade cultural de Rio Branco. “Essas celebrações mobilizam milhares de pessoas todos os anos, não apenas pela dimensão espiritual, mas por representarem um verdadeiro encontro comunitário, que fortalece nossa memória coletiva e a história da cidade”, afirmou.

As festividades reúnem procissões, encenações, cânticos e expressões artísticas que se consolidaram como símbolos da cultura local. Para o parlamentar, trata-se de um patrimônio que precisa ser valorizado e protegido. “Estamos falando de um legado imaterial que faz parte da alma de Rio Branco e do coração do seu povo”, disse.

O texto também prevê que a prefeitura possa firmar parcerias com a Diocese para apoiar institucional, logístico e culturalmente as celebrações, sempre dentro dos limites legais. A proposta considera ainda o potencial de fortalecimento do turismo religioso, prática já consolidada em outras regiões do país.

“O turismo de fé é uma realidade crescente no Brasil e pode gerar benefícios econômicos importantes, movimentando o comércio, os artesãos, os artistas e os serviços da cidade”, destacou Kamai.

Experiências semelhantes já foram adotadas em municípios de diferentes estados brasileiros, que optaram por proteger manifestações religiosas e culturais como forma de preservar tradições e estimular a economia local. Para Kamai, Rio Branco deve seguir esse caminho. “Ao aprovarmos este projeto, estaremos garantindo que essas manifestações continuem vivas para as futuras gerações e reafirmando nosso compromisso com a preservação da cultura e da religiosidade do nosso povo”, concluiu.

banner-ela-pode-tjac