Kamai rebateu acusação sobre tarifa de R$ 10 no transporte coletivo e cobrou retratação pública e a responsabilização do autor da publicação.
O vereador André Kamai (PT) criticou duramente a Prefeitura de Rio Branco durante pronunciamento na Câmara Municipal nesta terça-feira (22), após a publicação de uma matéria no site oficial do município. No texto, o presidente da RBTrans, Clendes Villas Boas, atribui à oposição, em especial ao Partido dos Trabalhadores, uma suposta tentativa de elevar a tarifa do transporte coletivo para R$ 10 — acusação que Kamai classificou como “mentirosa, canalha e criminosa”.
Kamai afirmou que a gestão municipal está utilizando um canal oficial, mantido com recursos públicos, para disseminar informações falsas com o objetivo de atacar adversários políticos. “O que choca é a Prefeitura utilizar um canal oficial, pago com dinheiro público, para disseminar falsidades com o objetivo claro de atacar a oposição”, declarou.
Durante o discurso, o vereador contestou os dados divulgados e relembrou que, no fim da gestão petista em 2018, a tarifa de ônibus era de R$ 3,50, com custo real de R$ 4,30 — diferença coberta por subsídio público de R$ 0,80. Atualmente, embora o valor cobrado dos usuários continue em R$ 3,50, o custo real da passagem subiu para R$ 6,03, sendo a maior parte bancada com recursos do Tesouro Municipal.
“O povo paga mais e recebe menos. São quase R$ 200 milhões despejados em um contrato considerado ilegal, firmado sem licitação, sustentado pelo prefeito”, denunciou Kamai.
O vereador também criticou a tentativa da RBTrans de responsabilizar os motoristas de aplicativo pela crise do transporte público. “É mais uma tentativa covarde de jogar o povo contra o povo. O prefeito já fez da população seu principal inimigo. Agora, sua equipe os motoristas de aplicativo em bode expiatório para encobrir a incompetência da gestão”, afirmou.
Kamai exigiu a retirada imediata da matéria do site da Prefeitura, uma retratação pública e a responsabilização do autor da publicação. Ele também informou que estuda medidas legais contra o que considera uso indevido da máquina pública para perseguição política e difamação.
“O site da Prefeitura não pertence ao prefeito, pertence ao povo de Rio Branco e deve ser usado para informar com responsabilidade, não para fazer propaganda suja”, concluiu.