Criados em 1992, Acrelândia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Jordão, Porto Acre e Santa Rosa do Purus celebram avanços e desafios de três décadas de história.
Nesta segunda-feira, 28 de abril de 2025, os municípios de Acrelândia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Jordão, Porto Acre e Santa Rosa do Purus celebram 33 anos de emancipação político-administrativa. As cidades foram criadas em 1992, a partir da sanção da Lei Estadual nº 1.025 pelo então governador Edmundo Pinto, elevando de 12 para 22 o número de municípios do Estado do Acre.
Embora também tenham sido criados pela mesma legislação, os municípios de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves comemoram a emancipação em datas diferentes: 5 de novembro, 25 de junho e 28 de julho, respectivamente.
Confira a seguir um panorama dos municípios aniversariantes:
Acrelândia
Conhecida como “terra do café”, Acrelândia fica a 116 km da capital Rio Branco, com acesso pela BR-364. Antes da emancipação, era parte dos territórios de Plácido de Castro e Senador Guiomard. Com uma população estimada em 14.021 habitantes (Censo 2022, IBGE), a cidade surgiu na década de 1980 como resultado de um projeto de colonização rural, inicialmente chamado de Vila Redenção, que atraiu migrantes do Centro-Sul do Brasil em busca de oportunidades agrícolas.
Bujari
Localizado a cerca de 25 km de Rio Branco, Bujari nasceu às margens da BR-364, se firmando como povoado durante a construção da estrada rumo ao Juruá na década de 1980. Antiga área de seringal habitada por indígenas e depois seringueiros, o município contabiliza hoje 12.917 habitantes, conforme o IBGE. Sua origem e proximidade da capital impulsionaram seu crescimento e integração regional.
Capixaba
Capixaba, distante cerca de 81 km de Rio Branco pela BR-317, foi fundado por migrantes do Espírito Santo, razão pela qual carrega o nome “Capixaba”. Antes da emancipação, o território pertencia a Xapuri e Rio Branco. Atualmente, o município, com uma população estimada em 10.392 habitantes segundo o Censo 2022 do IBGE, se destaca pelo dinamismo econômico e pelo fortalecimento da agricultura familiar.
Epitaciolândia
Situado às margens do Rio Acre e vizinho da cidade boliviana de Cobija, Epitaciolândia tem localização estratégica na fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru. O município, separado de Brasileia apenas pelo rio, foi batizado em homenagem ao ex-presidente Epitácio Pessoa. Sua população é estimada em 18.757 habitantes (Censo 2022). Além do comércio, a cidade é um importante ponto de conexão regional, situada a pouco mais de 228 km da capital.
Jordão
Com acesso apenas por via aérea ou fluvial, o município de Jordão, localizado a 462 km de Rio Branco, surgiu a partir do antigo Seringal Duas Nações e foi desmembrado de Tarauacá. Jordão tem população estimada em 9.222 habitantes, sendo que mais da metade vive em terras indígenas ou em áreas extrativistas. O município é fortemente marcado pela presença do povo Kaxinawa (Huni Kui) e indígenas isolados.
Porto Acre
Histórico por ter sido palco de batalhas decisivas da Revolução Acreana no início do século 20, Porto Acre foi desmembrado de Rio Branco em 1992. O município preserva marcos históricos relacionados à luta liderada por Plácido de Castro e busca aliar o turismo histórico ao desenvolvimento econômico. Sua posição geográfica próxima à capital continua sendo estratégica para o Acre.
Santa Rosa do Purus
Menor e mais isolado município acreano, Santa Rosa do Purus está situado a 300 km de Rio Branco em linha reta, na fronteira com o Peru. Desmembrado de Manoel Urbano, o município conta com 6.893 habitantes, segundo o IBGE. Cercado por floresta preservada e com grande presença indígena – principalmente do povo Kulina –, Santa Rosa do Purus é acessível apenas por via fluvial ou aérea, o que mantém a natureza quase intocada e a cultura local bastante preservada.