Mobilização afeta mais de 55 escolas e cobra reajuste, auxílios e cumprimento de carga horária extraclasse.
Servidores da educação municipal de Rio Branco paralisaram as atividades nesta sexta-feira (16) em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A mobilização ocorre em frente à sede da prefeitura.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, a greve afeta mais de 55 escolas. As principais reivindicações incluem o reajuste do piso dos professores, a recomposição salarial de outros servidores, o pagamento dos auxílios alimentação e saúde, além do cumprimento da horatividade, tempo extraclasse garantido por lei para atividades pedagógicas.
A presidente afirmou que os professores têm direito a 8 horas e 33 minutos semanais fora da sala de aula para atividades pedagógicas, mas recebem apenas cinco. “Isso viola a Lei do Piso Nacional do Magistério, que está acima da Lei de Responsabilidade Fiscal. O município tem obrigação de cumprir”, declarou.

Rosana criticou a gestão municipal, alegando que o problema não é falta de verba, mas de priorização. “O próprio prefeito já admitiu: ‘dinheiro tem, falta gestão’. Se os recursos existem, por que não cumprem a lei? Há dois anos não há nenhum reajuste para repor a inflação”, questionou.
Durante o ato de deflagração da greve, a sindicalista convocou todos os trabalhadores a aderirem ao movimento. “Precisamos de 100% das escolas paralisadas. Se não lutarmos, esse governo continuará ignorando nossos direitos. Só unidos vamos conseguir avançar”, disse.

O Sinteac garantiu que a greve segue todos os trâmites legais, incluindo notificação ao Ministério do Trabalho. A categoria promete manter a mobilização até que a prefeitura abra negociações e apresente propostas concretas.
A Prefeitura de Rio Branco ainda não se pronunciou sobre as reivindicações.