Servidores da educação de Rio Branco deflagram greve por reajuste salarial e melhores condições de trabalho

Mobilização afeta mais de 55 escolas e cobra reajuste, auxílios e cumprimento de carga horária extraclasse.

Servidores da educação municipal de Rio Branco paralisaram as atividades nesta sexta-feira (16) em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A mobilização ocorre em frente à sede da prefeitura.

Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, a greve afeta mais de 55 escolas. As principais reivindicações incluem o reajuste do piso dos professores, a recomposição salarial de outros servidores, o pagamento dos auxílios alimentação e saúde, além do cumprimento da horatividade, tempo extraclasse garantido por lei para atividades pedagógicas.

A presidente afirmou que os professores têm direito a 8 horas e 33 minutos semanais fora da sala de aula para atividades pedagógicas, mas recebem apenas cinco. “Isso viola a Lei do Piso Nacional do Magistério, que está acima da Lei de Responsabilidade Fiscal. O município tem obrigação de cumprir”, declarou.

Presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, convoca servidores durante ato e cobra diálogo da gestão municipal. Foto: Paulo Murilo/Proa

Rosana criticou a gestão municipal, alegando que o problema não é falta de verba, mas de priorização. “O próprio prefeito já admitiu: ‘dinheiro tem, falta gestão’. Se os recursos existem, por que não cumprem a lei? Há dois anos não há nenhum reajuste para repor a inflação”, questionou.

Durante o ato de deflagração da greve, a sindicalista convocou todos os trabalhadores a aderirem ao movimento. “Precisamos de 100% das escolas paralisadas. Se não lutarmos, esse governo continuará ignorando nossos direitos. Só unidos vamos conseguir avançar”, disse.

Servidores da educação protestam em frente à sede da Prefeitura de Rio Branco nesta sexta-feira (16), primeiro dia da greve. Foto: Paulo Murilo/Proa

O Sinteac garantiu que a greve segue todos os trâmites legais, incluindo notificação ao Ministério do Trabalho. A categoria promete manter a mobilização até que a prefeitura abra negociações e apresente propostas concretas.

A Prefeitura de Rio Branco ainda não se pronunciou sobre as reivindicações.

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