Produtor de Xapuri vence 3ª edição do concurso QualiCafé e leva R$ 55 mil em premiação

Evento promovido pela SEAGRI e patrocinado pela ABDI reconhece os melhores cafés do Acre e reforça o avanço da cafeicultura como vetor de desenvolvimento sustentável no estado.

O aroma do melhor café do Acre veio de Xapuri. O produtor José Oliveira foi o grande vencedor da 3ª edição do Concurso de Qualidade do Café do Estado do Acre – QualiCafé 2025, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura (SEAGRI) e patrocinado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A cerimônia de premiação ocorreu nesta sexta-feira (10), e o campeão levou para casa R$ 55 mil.

O segundo lugar ficou com o produtor Valderi Cunha, de Assis Brasil, que recebeu R$ 29 mil. Já Raimundo da Silva, de Acrelândia, conquistou o terceiro lugar, com R$ 14 mil em prêmios.

O concurso tem o objetivo de incentivar a produção de cafés de alta qualidade, valorizar práticas agrícolas sustentáveis e fortalecer a cultura do café no estado.

A diretora da ABDI, Perpétua Almeida, destaca o fortalecimento da cafeicultura acreana e os investimentos na cadeia produtiva do setor. Foto: Ascom

A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, destacou que a premiação simboliza mais do que o reconhecimento de produtores, representa o avanço de uma cadeia produtiva estratégica.

“O compromisso da ABDI, em nome do governo do presidente Lula, vai muito além de premiar o melhor café. Já entregamos a primeira indústria de beneficiamento no Juruá e vamos entregar mais duas, em Capixaba e Acrelândia. Mas industrializar é só uma parte do nosso projeto”, afirmou.

Perpétua adiantou ainda que, em parceria com o Instituto Federal do Acre (IFAC), será criado um laboratório de análise de solo e um curso de formação para os primeiros baristas do estado. “Estamos fortalecendo toda a cadeia, do plantio à xícara, para garantir mais dinheiro no bolso do produtor e transformar o potencial do Acre em realidade”, completou.

A governadora em exercício, Mailza Assis, ressaltou o papel da cafeicultura na promoção de uma economia sustentável e inclusiva.

“Por meio de planejamento, estamos fazendo da cafeicultura um caminho de prosperidade, especialmente para o agricultor familiar. O café é a cultura ideal para nossa vocação sustentável, permitindo que famílias vivam com dignidade e realizem seus sonhos, provando que é possível unir produção, bem-estar social e preservação da floresta”, declarou.

Produtores de diferentes municípios do Acre participaram da final do QualiCafé 2025, que reuniu cafés de alta qualidade e premiou os melhores grãos. Foto: Ascom

O melhor café do Acre

Com simplicidade e emoção, o campeão José Oliveira dedicou o prêmio à sua trajetória no campo. “A gente trabalha pra isso. Quero agradecer a Deus e à ABDI, que sempre apoia a cafeicultura e está com força no nosso Acre. Isso é muito importante pra gente”, disse.

O provador de café Janderson Dazelen, jurado da competição, elogiou a qualidade dos grãos apresentados nesta edição. “Já provei em vários concursos, inclusive o Coffee of the Year, e nunca havia experimentado tantos cafés bons em uma única competição. Praticamente todos eram especiais”, afirmou.

Entre os 15 finalistas estavam produtores de diferentes municípios, incluindo Porto Acre, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rio Branco, reforçando a diversidade e o potencial da produção estadual.

ABDI e o apoio à cafeicultura acreana

Além do apoio ao QualiCafé, a ABDI inaugurou, em Mâncio Lima, o maior Complexo Industrial do Café da Região Norte, um marco para a cafeicultura familiar do Vale do Juruá. O projeto segue o modelo cooperativista, buscando agregar valor ao produto e ampliar a renda no campo.

De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), que acompanha os impactos do investimento, o projeto gerou 2 mil empregos diretos e indiretos, aumentou em 40% a arrecadação municipal e elevou em mais de 30% a renda dos produtores da região.

A Agência também mantém tratativas com a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) para expandir a iniciativa a outros municípios. A nova fase do projeto prevê a instalação de duas novas indústrias de beneficiamento, em Capixaba e Acrelândia.

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