Testes operacionais antecedem a inauguração do espaço, prevista para maio; investimento supera os R$ 10 milhões.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) realiza, nesta semana, testes operacionais no Complexo Industrial do Café do Juruá, em Mâncio Lima, no interior do Acre. As atividades, coordenadas por especialistas da fabricante dos equipamentos, coincidem com a colheita da primeira safra do ano e antecedem a inauguração oficial do complexo, prevista para após a segunda quinzena de maio.
A iniciativa integra o Projeto Café Amazônia Sustentável, da própria ABDI, que busca implantar um modelo cooperativista e sustentável para o beneficiamento do café produzido na região do Juruá.

A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, acompanha pessoalmente os testes. Segundo ela, o momento representa um marco para o desenvolvimento da cafeicultura no Acre. “Esse complexo é muito mais do que infraestrutura. É a concretização de um modelo que valoriza o pequeno produtor, gera renda, movimenta a economia local e coloca o café do Acre no mapa da produção nacional com qualidade e sustentabilidade”, afirmou.
Durante os testes, são processados grandes volumes de café para avaliar o funcionamento de equipamentos como secadores, descascadores, peneiras e elevadores. O objetivo é garantir que toda a estrutura esteja pronta para a operação plena.

Com investimento superior a R$ 10 milhões, o projeto deve beneficiar, até o final de 2025, mais de 150 famílias e impactar diretamente cerca de 1.500 pessoas.
Atualmente, a região conta com cerca de 1,5 milhão de pés de café plantados por cooperados, sendo a maioria composta por pequenos e médios produtores. Para a safra de 2025, a expectativa é de que o projeto resulte em 20 mil sacas de café, com faturamento estimado em R$ 4 milhões.

Entre os principais benefícios esperados estão o aumento da produtividade e da qualidade do café, a elevação da renda de agricultores familiares, a expansão da cadeia produtiva, o crescimento do número de produtores e áreas cultivadas, além da redução de gargalos logísticos e produtivos. O projeto também impulsiona a transformação econômica regional e contribui para a melhoria da qualidade de vida das famílias envolvidas.