Vereadora é a única a se opor ao afastamento de Clendes Vilas Boas, em meio a denúncias de assédio moral na RBTrans.
Lucilene Vale (PP) foi a única vereadora a se posicionar contra o afastamento temporário de Clendes Vilas Boas, acusado de assédio moral por servidores e ex-servidores da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans). O pedido, apresentado pela base do prefeito Tião Bocalom (PL), foi aprovado por ampla maioria na sessão desta terça-feira (2), com 12 votos favoráveis e apenas 1 contrário.
As denúncias contra Clendes Vilas Boas surgiram após relatos de servidores da RBTrans que alegaram práticas de assédio moral por parte do superintendente. O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) recebeu as denúncias formalizadas e recomendou medidas imediatas para apurar os casos, incluindo a abertura de sindicância e a preservação de registros de ponto, comunicações internas e ordens de serviço.
O MPAC também alertou que o não cumprimento da recomendação poderia resultar no ajuizamento de Ação Civil Pública por danos morais coletivos.
Lucilene Vale, única vereadora a votar contra o afastamento de Vilas Boas, justificou sua posição afirmando que não havia provas concretas que justificassem tal medida. Em declarações anteriores, a parlamentar já havia manifestado sua intenção de não assinar o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nem o pedido de afastamento do superintendente, alegando a ausência de evidências substanciais.
A decisão da Câmara Municipal de Rio Branco segue agora para o prefeito Tião Bocalom, que deverá decidir se acata ou não o afastamento. O caso também continua sob investigação pelo Ministério Público do Acre.