Última noite reúne artistas do Acre e de outros estados, reforçando diversidade cultural, encontros artísticos e o papel do festival como vitrine da produção independente na região.
O Festival Varadouro chega à sua última noite neste domingo (14) reafirmando seu papel como uma das principais vitrines da música autoral produzida na Amazônia. A programação teve início às 16h, no Clube Juventus, em Rio Branco, e ocupa simultaneamente os palcos Bom Destino e Cachoeira, com apresentações que cruzam gêneros, territórios e linguagens artísticas.
A abertura fica por conta da Batalha Freelosofos, às 16h, evidenciando a força da cultura urbana acreana e o protagonismo da juventude periférica na cena musical local. Em seguida, às 17h, Mara Mattero se apresenta no Palco Bom Destino, enquanto o Palco Cachoeira recebe, às 17h30, as Moças do Samba, em um repertório que dialoga com a tradição e as releituras contemporâneas do gênero.
Às 18h, o Palco Bom Destino recebe Monarco convida Calorosa, encontro que aproxima artistas do Acre e do Mato Grosso e reforça a proposta do festival de estimular conexões entre diferentes territórios amazônicos. Na sequência, às 18h30, Kaemizê e convidados ocupam o Palco Cachoeira, destacando a musicalidade acreana marcada pela experimentação sonora e pela afirmação identitária.
A programação da noite segue às 19h15 com a apresentação da Casa de Caba, do Amazonas, no Palco Bom Destino. Às 19h50, Felipe Cordeiro, do Pará, sobe ao Palco Cachoeira, levando ao público uma sonoridade amazônica contemporânea que transita entre o pop, o brega e a música eletrônica.
O encerramento do festival ocorre às 20h30, com Donatinho e Tulipa Ruiz, de São Paulo, no Palco Bom Destino, em um show que promete fechar o Varadouro com sensibilidade, inovação e celebração coletiva.

Consolidado como um dos principais festivais de música autoral do Acre, o Festival Varadouro se afirma como espaço de encontro, circulação artística e fortalecimento da economia criativa, ao manter acesso gratuito e priorizar a valorização da produção cultural regional em um cenário ainda marcado por restrições de financiamento e desafios à diversidade cultural.
Para a produtora cultural Karla Martins, o encerramento reflete a resposta da cultura em tempos adversos. “Estamos encerrando com uma força total, uma alegria. Mais de 1.500 pessoas passaram nesses dois dias de Varadouro e a gente espera que esse último dia também seja um sucesso. As pessoas aplaudiram, se conectaram, celebraram. Então é uma festa, é uma resposta da cultura em tempos tão difíceis e tão conservadores. A cultura sempre traz uma resposta”, afirmou.

O Festival Varadouro conta com financiamento da Fundação Elias Mansour (FEM), do Governo do Estado do Acre, da Política Nacional Aldir Blanc e do Governo Federal. A realização é da Eita Pau Produções e do Comitê Chico Mendes, com apoio da Casa Ninja Amazônia, Abrafin, Som.vc, Circuito Amazônico de Festivais e Comitê de Cultura Acre. A programação completa e a cobertura do evento estão disponíveis no perfil oficial @festivalvaradouro.


