Ex-presidente passou por cirurgia para remoção de lesões de pele; diagnóstico aponta carcinoma de células escamosas, mas não há necessidade de tratamento adicional, diz médico.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas — um tipo comum de câncer de pele — nas lesões retiradas durante procedimento cirúrgico realizado no último domingo (14). Ele recebeu alta nesta quarta-feira (17) do Hospital DF Star, em Brasília, após passar a noite internado por pressão arterial alterada, tontura e episódios de vômitos.
Durante a internação, Bolsonaro recebeu hidratação e medicamentos por via endovenosa, apresentando melhora dos sintomas e da função renal, segundo boletim médico divulgado pela equipe que o acompanha.
O médico Claudio Birolini explicou em coletiva que o carcinoma de células escamosas, identificado em duas das oito lesões removidas, é geralmente causado pela exposição prolongada ao sol. Apesar do diagnóstico, não há necessidade de novos procedimentos cirúrgicos no momento, mas o ex-presidente deverá ser acompanhado periodicamente.
“O câncer de pele, a grosso modo, você tem três tipos de lesões: carcinoma baso-celular, carcinoma espino-celular (ou de células escamosas) e melanoma. O carcinoma de células escamosas, que é o caso do ex-presidente, pode ser potencialmente grave, mas as lesões já foram retiradas”, afirmou Birolini.
Para ir ao hospital, a defesa de Bolsonaro precisou apresentar os motivos da saída para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que ele cumpre prisão domiciliar.
O boletim médico reforça que o acompanhamento clínico será necessário para monitorar possíveis alterações futuras nas lesões ou na saúde do ex-presidente.
Íntegra do boletim
Leia a íntegra do boletim divulgado pela equipe médica de Bolsonaro:
Brasília, 17 de setembro de 2025 – O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DF Star na tarde do dia 16 de setembro, devido a quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-síncope. Apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso por via endovenosa. O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo mostrou a presença de carcinoma de células escamosas “in situ”, em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico.
