Edvaldo Magalhães cobra governo por convocação total dos aprovados no Iapen

Deputado afirma que déficit de policiais penais agrava a sobrecarga, provoca adoecimento da categoria e defende que a Assembleia Legislativa assuma a mediação do diálogo com o governo.

Durante sessão realizada nesta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez duras críticas à gestão do sistema prisional acreano e defendeu a convocação de todos os aprovados no último concurso do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). Segundo ele, o déficit de servidores e a falta de diálogo entre governo e categoria aprofundam a crise na Segurança Pública.

Edvaldo Magalhães cobrou a convocação de todos os aprovados no concurso do Iapen. Foto: Juan Vicent/Proa

“Não sou daqueles que exigem do governo uma medida impossível de ser tomada. Tenho coerência. Você não pode enfrentar uma crise querendo desmoralizar aqueles que estão segurando o sistema de manhã, de tarde e de noite. A Mesa Diretora da Assembleia deveria tomar para si a mediação dessa crise”, afirmou o parlamentar.

Magalhães também criticou o que chamou de “falta de ambiente para negociação” entre os representantes do governo e o sindicato da categoria. Para ele, a Aleac precisa assumir protagonismo na intermediação do diálogo com os servidores. “Essa história de que o Gladson é um governador democrático é para inglês ver. Persegue inclusive a organização dos trabalhadores. Não se trata uma crise profunda interditando as conversas”, disse.

Policiais penais denunciam sobrecarga e déficit de profissionais no sistema penitenciário do Acre. Foto: Juan Vicent/Proa

O deputado destacou ainda o impacto do déficit de profissionais sobre a saúde física e mental dos policiais penais. “Na hora da convocação veio a frustração. Nós temos profissionais adoecidos pela pressão, pelo excesso de bancos de horas, gente cometendo suicídio. Esse tema não é menor. Essa discussão precisa ser levada a sério por essa Casa”, alertou.

Edvaldo Magalhães lembrou que o último concurso do Iapen foi realizado após um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Acre (MPAC), que já apontava a necessidade de contratação de cerca de 450 novos servidores. Para ele, sem a recomposição do quadro funcional, a crise no sistema penitenciário tende a se agravar.

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