Edvaldo afirma que governo usa LRF para adiar PCCR da Saúde e cobra inclusão no Orçamento de 2026

Deputado diz que promessas descumpridas pelo governo transformaram a negociação do PCCR em “desrespeito” aos trabalhadores.

O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) criticou, nesta terça-feira (18), a postura do governo do Acre diante da demora na finalização do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Saúde. A manifestação ocorreu durante o protesto de servidores da categoria na Assembleia Legislativa (Aleac).

Segundo o parlamentar, o Executivo estaria utilizando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) como justificativa para postergar a conclusão do plano. Edvaldo argumentou que a manobra serviria apenas para empurrar o debate para o próximo ano, sem garantia de implementação.

“O que não estiver no Orçamento, como é que vai ser implementado em março, abril do ano que vem?”, questionou, ao afirmar que o governo ganha tempo ao citar impedimentos legais que, na avaliação dele, não se sustentam.

”O que não estiver no Orçamento, como é que vai ser implementado em março, abril do ano que vem?”, questiona Edvaldo. Foto: Juan Vicent/Proa

Ele também convocou os servidores a acompanharem as discussões do Orçamento de 2026, previstas para dezembro na Aleac. Para o deputado, a presença da categoria será determinante para pressionar os parlamentares a garantir a inclusão do PCCR.

“Os trabalhadores não estarão proibidos de acampar nessa Casa, de tomar conta dessa galeria e desse plenário, se necessário, para olhar no olho de cada deputado na hora do voto. Tem que botar o plano no Orçamento”, afirmou.

Edvaldo disse ainda que o governo vem “protelando” a entrega do PCCR e classificou as sucessivas mudanças de prazo como desrespeito aos servidores. Ele lembrou que a equipe do Executivo havia prometido a apresentação do texto para 30 de setembro, depois para novembro e, agora, para 31 de dezembro.

“Houve paciência e compreensão. Mas agora virou uma conversa de covardes, de mentirosos. É querer bater na cara dos trabalhadores da Saúde. É brincar com os sentimentos”, declarou.

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