Deputado Edvaldo Magalhães cobra diálogo com categorias antes da definição do Orçamento de 2026

Parlamentar afirma que governo demonstra “má vontade política” na conclusão do PCCR da Saúde e alerta para possíveis embates com servidores durante a discussão do Orçamento.

O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a defender a necessidade de pactuação com as categorias do funcionalismo público antes da votação do Orçamento estadual para 2026. Segundo ele, é fundamental que as principais reivindicações dos servidores sejam discutidas e alinhadas previamente, garantindo maior transparência e equilíbrio nas decisões que impactam o serviço público.

Na sessão desta quarta-feira (8), o parlamentar ressaltou que o período que antecede a análise orçamentária será decisivo para o diálogo com as categorias, citando como exemplos a recomposição de 10% na tabela do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Educação e a formulação do novo PCCR da Saúde, atualmente em debate na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

“Penso que a pauta principal no tocante a servidor público será tratada nos próximos 60 dias. Haverá problemas a serem enfrentados. Teremos um desafio enorme aqui na Casa para que a Assembleia se torne mediadora e construtora de algumas soluções”, afirmou o deputado.

Magalhães participou, nesta quarta, de uma reunião da Comissão de Saúde da Aleac, que debateu a formulação do novo PCCR da Saúde. Segundo ele, apesar dos esforços técnicos e da participação dos sindicatos, ainda há “uma lacuna” que precisa ser preenchida pela equipe de governo.

“Tem energia enorme sendo gasta com isso, contrataram a Fundação Dom Cabral, têm equipes da Sesacre envolvidas no debate, de forma muito honesta, muito decente. E você observa um hiato, um buraco, você observa a má vontade da área política do governo”, criticou.

O parlamentar alertou que, sem um posicionamento concreto do Executivo, a proposta pode se tornar um foco de tensão entre o governo e os servidores durante a tramitação do Orçamento de 2026.

“Vai chegar um momento que a pilha de papel vai estar pronta, o impacto financeiro devidamente calculado, e a ausência de um discurso que justifique a não implantação vai ser o rastilho de pólvora para tocar fogo no parquinho. Vamos ter um embate duríssimo com as categorias quando da discussão do Orçamento”, advertiu.

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