Edvaldo Magalhães afirma que falta de regras claras pode comprometer resultado do certame e defende cancelamento da etapa para evitar prejuízos aos candidatos.
O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a criticar, nesta terça-feira (22), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a exigência da videoaula como etapa obrigatória no concurso da Secretaria de Estado de Educação (SEE).
Segundo o parlamentar, o edital do certame não estabelece critérios objetivos para a avaliação dessa etapa, o que, segundo ele, abre margem para questionamentos e possível judicialização do processo.
“Quem for julgar uma videoaula precisa dizer se ela está adequada ou não. Isso não existe no edital. Será publicada uma lista com a avaliação da banca, mas sem critérios claros, o que deixa um espaço enorme para contestações”, afirmou.
Magalhães também chamou atenção para os problemas enfrentados por candidatos no momento de enviar o material exigido. De acordo com ele, muitos só conseguiram postar suas videoaulas nos últimos três dias, por meio do YouTube, o que levantou dúvidas quanto à lisura e igualdade do processo.
Além disso, o deputado mencionou que o concurso já enfrenta questionamentos relacionados aos gabaritos divulgados, que estão sob análise da banca. Para ele, a falta de transparência na avaliação da videoaula pode levar a uma onda de ações judiciais, comprometendo o cronograma do concurso.
“Quando um concurso passa a ser judicializado em excesso, a consequência imediata é o atraso na publicação do resultado final”, alertou.
Diante do cenário, Edvaldo sugeriu que a única saída possível para evitar maiores transtornos seria o cancelamento da exigência da videoaula. “Faço esse chamamento de atenção. São mais de 20 mil candidatos disputando seis mil vagas para o cargo de professor. Só restará essa alternativa para salvar o concurso”, concluiu.