ABDI e Instituto Amazônia+21 unem esforços para qualificar gestão do Complexo Industrial do Café em Mâncio Lima.
A cadeia produtiva do café no Acre ganhou um novo impulso com a parceria firmada entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Instituto Amazônia+21. O objetivo é garantir capacitação técnica para a equipe que administra o Complexo Industrial do Café do Juruá, localizado em Mâncio Lima, no Vale do Juruá.
Inaugurado em junho deste ano, o Complexo faz parte do projeto Café Amazônia Sustentável, voltado à adoção de um modelo cooperativista socioeconômico para o beneficiamento e rebeneficiamento do café produzido por agricultores familiares da região.
A ação prevê cursos ministrados por consultores do Sebrae Acre, contratados pelo Instituto Amazônia+21. Entre os temas estão fluxo de caixa, precificação, controle financeiro, marketing digital e análise de processos, todos voltados a melhorar a gestão do parque fabril.
De acordo com o analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Eduardo Tosta, responsável pelo projeto, a meta é fortalecer a administração do Complexo. “Além do bom funcionamento da indústria, a parte administrativa é fundamental para garantir a saúde financeira e comercial da operação. Uma gestão eficiente cria condições para o crescimento sustentável da cooperativa”, destacou.
O Complexo Industrial recebeu R$ 8 milhões em investimentos da ABDI e outros R$ 2 milhões da Coopercafé, cooperativa que reúne mais de 180 agricultores familiares, muitos deles também envolvidos na gestão do parque.
Para a diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, a capacitação amplia a autonomia dos cooperados e garante benefícios diretos a cerca de 2 mil pessoas ligadas à cadeia produtiva do café. “Essa formação fortalece a autonomia da cooperativa, gerando emprego e renda na região de forma inclusiva e sustentável”, afirmou.
O presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, destacou que a parceria reforça o compromisso com negócios de impacto sustentável na região. “Em um momento em que a Amazônia ocupa o centro do debate global, com a chegada da COP30, essa iniciativa mostra como parcerias estratégicas podem destravar o potencial das cadeias produtivas locais e apontar caminhos para uma economia verde”, disse.