Advogado e ex-jogador, Aquino presidiu a Federação de Futebol do Acre por mais de 40 anos e foi um dos principais responsáveis pela profissionalização do esporte no estado.
O futebol acreano amanheceu mais silencioso nesta quarta-feira (16). Faleceu em Rio Branco, aos 77 anos, Antônio Aquino Lopes, o eterno “Toniquim”, figura emblemática e apaixonada pelo esporte que ajudou a moldar no estado ao longo de mais de meio século.
Nascido na capital acreana, Aquino Lopes formou-se em Direito, mas foi no futebol que encontrou sua grande missão. Iniciou como jogador nas décadas de 1960 e 1970, defendendo clubes locais como Vasco da Gama, São Raimundo e Amapá, ainda na era amadora. No entanto, foi fora das quatro linhas que ele deixaria sua marca mais profunda.
Aquino assumiu cargos diretivos no Atlético-AC e no Rio Branco-AC antes de ser eleito presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC) em 1984. Desde então, seu nome tornou-se sinônimo de dedicação e evolução do esporte no estado. Foram mais de quatro décadas à frente da FFAC, período em que conduziu marcos históricos, como a profissionalização do futebol acreano em 1989 e a construção do Estádio Antônio Aquino Lopes, o Florestão, inaugurado em 2011 e hoje um dos maiores símbolos do esporte regional.
Além de sua atuação no Acre, Toniquim ganhou reconhecimento nacional como vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tornando-se a voz do estado nas decisões que moldaram o futebol brasileiro.
A notícia de sua morte foi confirmada nas primeiras horas do dia. Em nota, a FFAC decretou luto oficial e prestou solidariedade à família, amigos e à comunidade esportiva. “Perdemos um pilar do nosso esporte, um homem íntegro, apaixonado e incansável defensor do futebol acreano”, destacou o comunicado.
O velório de Antônio Aquino será realizado na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na capital acreana, a partir das 12h.
