Deputado afirma que empresas terceirizadas descumpriram contratos e comprometeram o calendário letivo de estudantes da zona rural de Tarauacá.
O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) afirmou, nesta terça-feira (16), que vai solicitar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC) uma inspeção nas escolas rurais de Tarauacá, no interior do Acre, para apurar falhas graves no transporte escolar fluvial.
De acordo com o parlamentar, as empresas responsáveis pelo pagamento dos barqueiros não têm cumprido com suas obrigações, causando sérios prejuízos aos estudantes. Ele também criticou a ausência de respostas institucionais diante das denúncias.
“Os alunos vão sofrer um grave prejuízo, porque dos dias letivos previstos, nem 60% dos dias foram cumpridos. Aprovei requerimento aqui para que tivesse audiência pública para tratar dessa pouca vergonha. A audiência não apareceu e nem foi marcada. Mas, eu marquei hoje para ir amanhã na presidência do TCE/AC para pedir uma inspeção de corpo presente nas escolas rurais de Tarauacá para apurar quantos dias letivos deixaram de ser realizados, porque as empresas responsáveis por entregar o combustível deixaram de fazer o seu papel. Contratados, devidamente pagos, mas que deixaram de cumprir. Isso é um crime contra uma geração, praticado reiteradas vezes. Isso vai comprovar de que quase metade dos dias letivos deixaram de ocorrer no ensino rural de Tarauacá, por falta de combustível para o transporte escolar”, disse Edvaldo Magalhães.
Na avaliação do deputado, o caso envolve ainda possível favorecimento a empresas contratadas pela Secretaria de Estado de Educação (See). Edvaldo citou as empresas Suplay e Locacre, responsáveis pelo transporte de 71 e 38 barqueiros, respectivamente, no município. Para ele, há indícios de tratamento diferenciado por parte da gestão estadual, apesar de atrasos recorrentes nos pagamentos aos trabalhadores que realizam o transporte dos estudantes.
“O que está acontecendo com essas empresas é um escândalo. O tratamento que a gestão da Secretaria de Estado de Educação tem dado, de passar a mão na cabeça dessas empresas, inclusive é de se levantar suspeição. Uma dessas empresas já recebeu R$ 20 milhões esse ano, para atrasar pagamento de barqueiro que transporta aluno”, pontuou.


