Evento retorna com dois palcos, no Clube Juventus, com abertura, às 16h.
O Festival Varadouro inicia nesta sexta-feira (12), a edição 2025 com uma programação que reafirma sua vocação para a diversidade sonora e o fortalecimento das expressões culturais da Amazônia. O evento ocorre no Clube Juventus, em Rio Branco, onde dois palcos foram montados para receber artistas acreanos, convidados de outros estados e atrações internacionais.
A abertura, às 16h, ficará a cargo do Jabuti Bumbá no Palco Bom Destino. O grupo leva ao festival a força das tradições populares, que há quase duas décadas integram a identidade do evento. Logo em seguida, às 17h, o Palco Cachoeira recebe Zenaide Parteira, cuja presença simboliza o compromisso do festival com narrativas que atravessam ancestralidade, território e memória amazônica.
A programação segue com mudanças de ritmo e estética. Às 17h30, Kelen Mendes apresenta seu repertório que transita por sonoridades regionais contemporâneas. Às 18h, Zé Jarina sobe ao palco com composições que já o colocam entre os nomes mais expressivos da nova cena musical do Acre. Meia hora depois, o grupo Los Chicos de Menezes leva ao Palco Bom Destino uma fusão de influências urbanas e tradições amazônicas.
O início da noite será marcado pela irreverência do Caldo de Piaba, às 19h, no Palco Cachoeira. Às 19h30, Juca Culatra, do Pará, reforça o intercâmbio artístico do festival ao apresentar um show que dialoga com a música amazônica contemporânea. Às 20h, o músico acreano Pia Vila traz ao público sua estética poética, que combina brasilidade, regionalidade e experimentações que têm marcado sua trajetória.
O encerramento do primeiro dia contará com a apresentação internacional do grupo peruano Juaneco y su Combo, às 20h30. Referência da cumbia amazônica, a banda promete fechar a noite com um espetáculo que conecta públicos e territórios, ampliando a perspectiva fronteiriça que sempre permeou o Varadouro.
Além dos shows, o festival mantém sua agenda formativa. No sábado, 13 de dezembro, das 10h às 13h, ocorre a Oficina de Tecnobrega com Will Love na Casa Ninja Amazônia. A atividade reforça o compromisso do festival com a circulação de saberes e a valorização das múltiplas manifestações musicais da região.
Para a produtora cultural Karla Martins, é uma honra poder entregar para a cidade de Rio Branco e para o estado do Acre a retomada de um festival com a potência do Varadouro.
“É um privilégio proporcionar à cidade um espaço onde ela possa ouvir música autoral feita pelos acreanos, de forma identitária e genuína. Acredito que esse festival tem o poder de fazer uma diferença no processo de vida da sociedade, no fortalecimento da cultura acreana”, afirma. “Vai ser um momento lindo, de compartilhamento, troca de saberes, celebração. Quando a cultura celebra, a sociedade celebra.”
O Festival Varadouro é financiado pela Fundação Elias Mansour (FEM), Governo do Estado do Acre, PNAB e Governo Federal. A realização é da Eita Pau Produções e do Comitê Chico Mendes, com apoio da Casa Ninja Amazônia, Abrafin, Som.vc, Circuito Amazônico de Festivais e Comitê de Cultura Acre.
A programação completa está disponível em @festivalvaradouro.
