Fiscalização integra a segunda fase da Operação Xapiri AC e apreende equipamentos usados no desmatamento na Terra Indígena Campinas Katukina.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis coordenou uma operação de retirada de invasores na Terra Indígena Campinas Katukina, no interior do Acre. A ação ocorreu no sábado (15), durante o feriado da Proclamação da República, e mobilizou Polícia Federal (PF), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Ministério Público Federal (MPF).
A iniciativa integrou a segunda fase da ‘Operação Xapiri AC’, força-tarefa criada para frear crimes ambientais em terras indígenas. Autoridades afirmam que feriados e fins de semana costumam ser usados como brechas para avançar sobre áreas protegidas, um padrão já conhecido por quem acompanha a expansão ilegal da fronteira agrícola.
De acordo com o Ibama, durante a ação, as equipes de fiscalização destruíram acampamentos temporários montados dentro do território e apreenderam motosserras, lonas, ferramentas e estruturas que sustentavam a ocupação irregular. O objetivo foi desarticular a logística dos invasores e impedir a continuidade do desmatamento, estratégia considerada essencial em áreas pressionadas pela grilagem.
A operação foi desencadeada após levantamentos do Grupo de Combate ao Desmatamento do Ibama no Acre, que identificou novos focos de devastação na porção sudoeste da terra indígena. Na etapa anterior houve prisões em flagrante e multas que totalizam cerca de R$ 390 mil, o que demonstrou a dimensão da atividade criminosa na região.
Um grupo interinstitucional de comando e controle foi estruturado para monitorar os envolvidos. As investigações preliminares apontam que os invasores buscavam lucrar com a grilagem para posterior implantação de atividades agropecuárias. O método é antigo, mas permanece lucrativo para quem aposta no avanço sobre territórios vulneráveis.


