Acre sedia etapa inédita da Semana Internacional do Café e amplia presença da Amazônia no mercado global

Evento reúne especialistas de nove países e marca nova fase da cafeicultura na região Norte.

O Acre dá mais um passo no fortalecimento de sua economia e na valorização dos cafés produzidos na região amazônica. Pela primeira vez, o estado integra a programação da Semana Internacional do Café (SIC), um dos maiores e mais influentes eventos da cafeicultura mundial, que ocorre de 1º a 3 de novembro, com atividades em Minas Gerais e, de forma inédita, também em Rio Branco.

A confirmação foi feita pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, que destacou o simbolismo da presença acreana em um evento de tamanha relevância.

“Estamos abrindo novos mercados para os cafés da Amazônia e mostrando ao mundo o que essa região tem de melhor. O Acre e Rondônia estão entrando pela porta da frente no circuito internacional do café”, afirmou Viana.

Jorge Viana destacou que participação inédita do Acre na Semana Internacional do Café fortalece exportações e atrai novos mercados. Foto: Ascom

A programação reúne investidores, compradores, provadores e especialistas de nove países, entre eles Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e China, mercados considerados estratégicos para o avanço das exportações brasileiras. O encontro tem como foco o fortalecimento dos robustas amazônicos, variedade que vem conquistando reconhecimento global pela qualidade, identidade produtiva e diversidade sensorial.

A agenda no Acre é resultado de uma parceria entre a ApexBrasil, a Caferon e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). As instituições têm atuado de forma conjunta para consolidar o posicionamento dos cafés amazônicos no mercado internacional e ampliar sua competitividade.

Segundo Jorge Viana, a inclusão do estado na programação representa um marco para o desenvolvimento da cafeicultura amazônica, tanto pela qualidade dos grãos quanto pela força da produção regional.

“Cabe à ApexBrasil ampliar fronteiras e abrir oportunidades para que os cafés da Amazônia conquistem novos mercados e reconhecimento internacional”, ressaltou o presidente da Agência.

Nos últimos anos, os cafés robustas amazônicos vêm ultrapassando a marca dos 80 pontos, índice que define o padrão internacional de cafés especiais, o que evidencia o salto técnico e produtivo dos produtores da região.

Programação reúne representantes do setor, produtores e autoridades. Foto: Ascom

Agenda em Rio Branco

No dia 3 de novembro, o Acre receberá uma agenda especial dedicada a produtores, compradores e parceiros institucionais, com atividades no Restaurante Mata Nativa, localizado na Via Verde, em Rio Branco. O evento terá início às 8h, com integração e degustação técnica de cafés especiais, encerrando a etapa acreana da missão internacional do programa Exporta Mais Brasil.

A atividade reunirá lideranças do setor, representantes do ecossistema do café no estado e convidados de Rondônia, além de nomes de destaque no cenário global, como João Travain, um dos maiores especialistas em robustas amazônicos.

A presença do Acre na Semana Internacional do Café faz parte do esforço do Governo Federal para ampliar a visibilidade e a inserção internacional do agronegócio brasileiro, especialmente de produtos com valor agregado e identidade regional. Desde o início da gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem priorizado ações de promoção comercial em parceria com a ApexBrasil e o Itamaraty, resultando na abertura de cerca de 500 novos mercados para produtos nacionais.

Para Jorge Viana, a inserção do Acre nessa agenda internacional é o reconhecimento do potencial produtivo da Amazônia e da nova fronteira do café brasileiro.

“O Acre tem demonstrado ao Brasil e ao mundo sua capacidade de produzir cafés especiais, combinando tradição, tecnologia, sustentabilidade e identidade amazônica. Iniciar essa agenda internacional no nosso estado é reconhecer o esforço e o talento de quem vem construindo esse novo capítulo para a economia acreana”, concluiu.

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