Gabriel Henrique Lima é eleito conselheiro do CCSJ e reforça protagonismo das juventudes amazônidas nas políticas climáticas.
O acreano Gabriel Henrique Lima do Nascimento foi eleito conselheiro no recém-criado Conselho Climático e Social de Jovens (CCSJ), representando o estado do Acre, durante a I Cúpula de Jovens Líderes da Amazônia Legal, realizada em Belém, no Pará. O colegiado, ainda em fase de estruturação, nasce como um espaço participativo voltado ao fortalecimento das pautas climáticas, sociais e de desenvolvimento sustentável defendidas pelas juventudes da Amazônia.
O encontro reuniu jovens de todos os estados da Amazônia Legal para debater políticas públicas e estratégias de ação diante das mudanças climáticas, discutindo também mecanismos de financiamento das redes de produção, tecnologia, inovação e fortalecimento das políticas públicas na região.

Em cinco dias de atividades, a Cúpula buscou assegurar que as juventudes amazônidas assumam papel de protagonismo na formulação de propostas e decisões que afetam diretamente o futuro do bioma e das populações que vivem nele. A iniciativa reforça o papel estratégico da Amazônia no enfrentamento da crise climática global, conectando o debate local às agendas internacionais.
“Participar da Cúpula é uma oportunidade de levar a voz da juventude amazônida para espaços de diálogo estratégico. Minha vivência como jovem embaixador pelo clima me dá experiência para contribuir de forma concreta. Essa participação certamente vai enriquecer meu trabalho, especialmente nas áreas de meio ambiente e educação ambiental, conectando as políticas locais aos grandes debates globais”, afirmou Gabriel.

Além de Gabriel, o Acre também foi representado por Marcos Paulo Melo Silva, estrategista de comunicação e mobilização social, que integrou a delegação amazônica. Natural de Rio Branco, Marcos é gerente de campanhas na All Out, movimento global em defesa dos direitos LGBT+, bacharel em Direito e pós-graduado em Relações Internacionais com ênfase em Direito Internacional.

“Estar na Cúpula também foi bastante significativo para mim a partir de um contexto profissional. Atualmente, moro em São Paulo e trabalho com mobilização digital e ativismo LGBT+ em uma ONG internacional chamada All Out. A Cúpula se fez um espaço extremamente importante ao proporcionar diálogos interseccionais, incluindo jovens como eu, que mesmo não residindo atualmente na Região Amazônica e trabalham com pautas para além da questão ambiental, também seguem sendo amazônidas e têm muito a contribuir e aprender nesses espaços”, destacou.

A realização da Cúpula representa um marco para a construção de uma agenda comum entre os jovens da Amazônia Legal, com foco na governança climática e social. O Conselho Climático e Social de Jovens (CCSJ), que começa a ser estruturado, deve atuar como instância consultiva e propositiva junto a órgãos governamentais e entidades da sociedade civil, garantindo que as vozes das juventudes amazônicas sejam ouvidas nos processos de decisão sobre o futuro da região.